quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mesmo que

Não posso dizer que foi como quis
Nem que gosto do gosto
Muito menos consigo disfarçar a tristeza
E sentir menos dor pelo osso exposto
Nada faria o tempo voltar
Pra deixar as coisas que eram belas, soltas
Tornarem, cada uma, pro seu devido lugar
O tempo não pára
Nada o faria parar
Queria poder esquecer
Pra não levar comigo, não importa onde fosse
E não teve um dia sem que a lembrança viesse
Pra me fazer morrer mais
Um pouco mais do que já morro, quando o céu escurece
Desculpas não mudam os fatos
E eu não seria capaz de pedi-las
Sei que não fui sensato nos atos
Olho pro alto quando a dor cintila
Silenciosa, anda na ponta da memória
Escorre muda pelo canto do rosto
Cai pelo queixo e no travesseiro, assume seu posto
De enredo pra um monte de historia
Com a moral no final que o amor é um sopro de glória
E ninguém tem controle de nada.
Continuo sozinho, no mar, na remada
Pensando em tanta coisa errada
Tanta encruzilhada
Tanta enrascada
Tanta coisa seria que virou piada
Mas uma coisa é certa
Não importa o quanto goste, desgoste, até desame
Não importa o dano, o erro, o tempo e a perda.
Nem se eu cair quando andar cego na beira
Ainda que você não ame de volta
Eu vou te amar pra sempre
Mesmo que você não queira

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